Era uma linda manhã de sexta-feira ensolarada. Eu disse linda? Perdão. É força o hábito. Era uma manhã quente de sexta-feira.
Deve ter sido uma linda manhã para quem foi à praia pegar umas ondas e curtir um sol MA-RA-VI-LHO-SO que estava radiando milhões de kwats (talvez bilhões e só nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói). Para mim, um pobre mortal, foi apenas uma manhã quente.
Depois de caminhar até o banco e suar a camisa (literalmente), era hora de ir para o trabalho. Como uma sala escura, cheio de monitores e aparelhagens caras, poderia parecer tão aconchegante e maravilhosa para uma pessoa? A sala em questão, meu trabalho, tem ar condicionado!
No trajeto entre o banco e o ponto de ônibus, entrei em uma lanchonete-ponta-de-esquina–maljambrada-porcalhona. A desculpa: precisava recompor meus líquidos! Peguei uma garrafa de água pequena. Mas não me parecia o bastante. Como apenas 600ml poderia repor litros de água que ensopara minha linda blusa vermelha do Kill Bill?
Passei a mão na garrafa de um litro e meio. Despretenciosamente, andei pelas ruas e fui bebendo. Estranho como as pessoas me fitavam o tempo inteiro! É pecado ou falta de educação beber uma garrafa grande de água pelas ruas?
Enfim, continuei meu caminho feliz da vida e comecei a contar as pessoas que se estranhavam com aquilo. Uma menina. Uma mulher: dois. Dois caras feios: três e quatro. Outra mulher: cinco. Basicamente, todos que passaram por mim entre dois quarterões. Outra mulher: seis. Epa! Calma ae! Essa não pode me olhar com cara de assustada. Ela tinha cabelo meio roxo, meio preto, meio louro e completamente ressecado. Ainda usava piercings e estava de preto debaixo daquele calor! Aquela não! Aquela não podia me olhar com cara de espanto. Olhei de volta com mais cara de espanto ainda. Tipo: “alow, de que mundo brega desprovido de cabeleireiros e produtos hidratantes você veio?”.
Pronto. Me senti melhor e parei de contar as pessoas que encaravam minha linda garrafa de água mega hidratante e refrescante. Ao chegar ao trabalho, no conforto do meu ar condicionado, rezei três Aves Marias pedindo perdão pelo ar condicionado ligado ao máximo e conseqüente aumento aos problemas causados pelo Aquecimento Global.
*Nota do autor: Sim. Aquecimento Global deve ser escrito com letras maiúsculas. Ele é onipresente, potente e sei mais lá o quê. Para mim, já é digno de nome próprio.
Deve ter sido uma linda manhã para quem foi à praia pegar umas ondas e curtir um sol MA-RA-VI-LHO-SO que estava radiando milhões de kwats (talvez bilhões e só nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói). Para mim, um pobre mortal, foi apenas uma manhã quente.
Depois de caminhar até o banco e suar a camisa (literalmente), era hora de ir para o trabalho. Como uma sala escura, cheio de monitores e aparelhagens caras, poderia parecer tão aconchegante e maravilhosa para uma pessoa? A sala em questão, meu trabalho, tem ar condicionado!
No trajeto entre o banco e o ponto de ônibus, entrei em uma lanchonete-ponta-de-esquina–maljambrada-porcalhona. A desculpa: precisava recompor meus líquidos! Peguei uma garrafa de água pequena. Mas não me parecia o bastante. Como apenas 600ml poderia repor litros de água que ensopara minha linda blusa vermelha do Kill Bill?
Passei a mão na garrafa de um litro e meio. Despretenciosamente, andei pelas ruas e fui bebendo. Estranho como as pessoas me fitavam o tempo inteiro! É pecado ou falta de educação beber uma garrafa grande de água pelas ruas?
Enfim, continuei meu caminho feliz da vida e comecei a contar as pessoas que se estranhavam com aquilo. Uma menina. Uma mulher: dois. Dois caras feios: três e quatro. Outra mulher: cinco. Basicamente, todos que passaram por mim entre dois quarterões. Outra mulher: seis. Epa! Calma ae! Essa não pode me olhar com cara de assustada. Ela tinha cabelo meio roxo, meio preto, meio louro e completamente ressecado. Ainda usava piercings e estava de preto debaixo daquele calor! Aquela não! Aquela não podia me olhar com cara de espanto. Olhei de volta com mais cara de espanto ainda. Tipo: “alow, de que mundo brega desprovido de cabeleireiros e produtos hidratantes você veio?”.
Pronto. Me senti melhor e parei de contar as pessoas que encaravam minha linda garrafa de água mega hidratante e refrescante. Ao chegar ao trabalho, no conforto do meu ar condicionado, rezei três Aves Marias pedindo perdão pelo ar condicionado ligado ao máximo e conseqüente aumento aos problemas causados pelo Aquecimento Global.
*Nota do autor: Sim. Aquecimento Global deve ser escrito com letras maiúsculas. Ele é onipresente, potente e sei mais lá o quê. Para mim, já é digno de nome próprio.
2 comentários:
vem cá, me conta, conhecendo vc como conheço, não tinha uma vodka misturadinha na garrafona de água não?
ih, pronto, mais um na blogação. vou lá botar teu link.
quêjo-bêjo.
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