quarta-feira, 4 de março de 2009

A divertida vida à dois:


Eis que o telefone toca e eu o atendo. É Felipe, pela quinta vez em menos de duas horas, me descrevendo passo-a-passo seu caminho até em casa. Não é que ele tenha muito o que falar, mas ele gosta de falar comigo. É assim mesmo: saudável.

A intimidade

- Cara, eu adoro nossa casa pois sempre tem uma novidade divertida.
Eu pergunto se achou algo interessante, com muito medo de ficar sabendo que a descarga não deu conta do recado (recado imenso que deixei na privada hoje de manhã). E ele responde:
- Você cortou a cabeça de alguém e tentou jogar na privada?
Ui! Não sdeu conta mesmo. Ele achou algo! Fudeu.
- Tem um bando de cabelo que não quer descer de jeito nenhum.
UFA! Ele só achou meus pentelhos, cujos quais aparei hoje pela manhã.
- E olha que eu já caguei em cima horrores e nada da tua pentelhada toda descer! Eu vou ter que tirar com coador de suco!

Tá. O que é o pior na intimidade? Achar um detrito que não desceu ou os pentelhos do seu saco boiando na privada?


O medo

- Então, Carlos, larguei de mão o banheiro e fui arrumar o armário da cozinha. Sabe o que eu achei?
Começo a imaginar o que eu poderia ter largado lá de tão interessante.
- Achei um biscoito bono dentro do pacote, que você abriu há seis meses. Também achei um saco de arroz pela metade. Depois que abrimos ele, já compramos umas outras cinco marcas diferentes.
Eu respondi que isso acontece mesmo. O armário é fundo, tem quase uma outra dimensão paralela ali dentro. Praticamente o armário de Sabrina, a feiticeira.
- Ah! Sabe o que mais achei?
Estava demorando...aí vem algo que eu esqueci que realmente é bizarro. Estava demorando, ele só estava se aquecendo.
- Achei as toucas de prato! – muito feliz ele. Ele procurou pelo brinquedinho por dias a fio e não os encontrou.

Agora, me conta: posso com isso?

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