quarta-feira, 4 de março de 2009

Cúmulo da dívida


Ontem, no ponto de ônibus voltando para casa, eis que uma senhora se aproxima de mim e me explica que vende porta cartões para sobreviver. Que cobra bem baratinho. Que esse preço precisa, ao menos, pagar a passagem dela e o valor inicial do produto. Que ela mora no Rio...

Depois do quarto argumento dela, não agüentei. Larguei meu verbo curto e simples:
- Amiga, não tenho um centavo. Eu nem sei da onde vou tirar dinheiro para pagar o condomínio esse mês. Você acha que eu preciso de porta cartão, se o meu está estourado?

Ela dá dois passos atrás e pergunta se eu gastei muito no carnaval. Ai que ódio! Passei o carnaval economizando o almoço pra pagar o jantar. Mesmo irritado, respondo com simpatia e cara de tristeza que foi um problema domestico mesmo, um gasto inesperado.

Não é que ela me olhou com cara de peninha?!?!

Ps.: será que dá certo com todos os vendedores e pedintes?

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